sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amada...



Dos sonhos as pétalas um sorriso a lagrima,
Mundos se unem almas se separam,
Os escravos cantam cantigas antigas
Na noite estrelada a lua imperial é cortejada
O bocejo anuncia o sono, boa noite amada....                

Se teus olhos lagrimas taparem teu sorriso
E o mundo fazer de tuas costas o apoio de Atlas
Não deixe que os clarões ceguem teus olhos
O sono não é completo se não for livre
E a liberdade encontro no aperto dos teus braços
A noite e clara e a construção é rara

As estrelas guiam os velhos marujos nos 7 mares
Teu coração é meu farol e Deus é o brilho que não se apaga
Dos teus sonhos quero que um livro seja criado
Porque a beleza do mundo encontra-se no estreito do teu coração
E seja qual for o sonho, eu quero ser o dom Quixote para realiza-los
Seja lutando com dragões de moinhos de vento

Agora a noite paira sob as horas que passam
Já lhe desejei o melhor da vida e o melhor de tudo
Já travei batalhas onde até mesmo meus medos se afastam
E compreendi que a maior pureza que há em mim é o sentimento por você
Boa noite amada, o meu sentimento não se apaga, se perpassa...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A flor especial...

Para alguém muito especial.


A flor seca sobre a mesa, aos olhos que tenho das lembranças de um breve passado, fecho os olhos e vejo os seus, em Deus o amor tocando no intimo de sua vida e cada momento, sendo um passo, e os repasses de cada passo, passado. Vi meu reflexo neles, aquela sua rara calma, acanhada e tímida, no canto esperando acontecer algo, viver algo a expectativa de tudo.
            A flor branca, amarelando com a oxigenação que nos faz viver e envelhecer, fiquei procurando te desvendar, os teus jeitos e trejeitos, os teus mistérios, com o dedilhado no violão, pequenos olhares vendo seus sorrisos, suas lagrimas seu despertar para algo novo, vendo o florescer da alma, era como um filme, esses de verão em que o a paisagem se transparece nos olhos de alguém, alguém especial.
            A flor que antes viva, morre com cada momento que se passa longe do solo, arrigada para demonstrar a especialidade de alguém, alguém que em poucos momentos já cativava algo diferente, algo novo e belo, que só pude entender quando comecei a falar de alguém muito especial, e vi tuas lagrimas sinceras, e sempre belas, floresceu em mim, algo novo, logo pergunto o porquê a Deus, isso não sei, mas porem entrego a ele.
            A flor vive na alma, era só a representação, era só a púrpura da beleza do universo, era só a semente no coração, era só o esclarecimento do sentimento, é especial, não sei ao certo o porquê, o como, e o onde, mas sentimento verdadeiro que nasce aos poucos, que faz chorar, faz rir e suspirar. A vida é um caminho, uma trajetória um percurso, com o tempo Deus me demonstrou seus olhos, basta eu agradecer, por que é tudo diferente do antes.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Devaneio...

Passavam gaivotas sobrevoando o ar gelado, era ventoso o dia, na janela o céu nublado, parei a ler antigos contos, de uma época em que meus sentimentos eram íntegros a apenas uma pessoa, parei-me a ler sobre um espetáculo do passado, onde o palhaço subia no trapézio e pulava em um balde com água. O palhaço era eu, mas como é interessante o amor, não me arrependo de um namoro, de um beijo, muito menos de uma carta ou um presente, mas arrependo-me de não ter pulado mais fundo, mais alto, por que minha vida se pronuncia na intensidade, como posso pensar em fazer alguém rir, pensando no que poderá dar errado?
Deparo-me com um muro cinza e com vidros para proteger o salto de algum ladrão, a invasão o roubo, eu imagino meu coração, sendo cercado por ele, como encarar os medos, se não proteger com muralhas, o quanto mais difícil for a invasão, mais fácil é a proteção, mas proteção do que?
No meu quarto as grades, a janela aberta, o ar entra, arejando a peça, parado cá estou escrevendo, deitado na cama, protegido, das pessoas lá fora, vem a noite, relâmpagos no céu que antes era cinza, agora é negro como os cabelos da minha ultima amada, o ultimo beijo, úmido e quente como esse cobertor a me esquentar, mas não era para ela quem enderecei  os contos de interminável amor, e como isso é possível, jurar amor a mais de uma mulher, será que eu sei o que é amor, será que eu sei  o que é amar, será que eu sei o que é viver...
Pensa como o Dom Quixote, vivia sua fantasia, a busca de Dulcineia, perseguiu gigantes e dragões, e viveu intensamente seus delírios, será assim o desafio do amor, sonhar acordado, olhar os pássaros, ler o passado e suspirar com o futuro, mas e os muros, como posso permitir alguém entrar novamente, como posso permitir alguém invadir meu castelo?
Vem o dia, e volto a escrever, bom dia, boa tarde, boa noite... que a luz não bate na janela, e minha cara ainda amassada e sonolenta, não vê o áspero e gelado toque da água, mesma que cai lá fora, e aqui dentro me escondo de todas as quedas...
acordei meio que poeta, meio que bêbado de bar, meio que prosador de rimas pobres, meio que mendigo de vila rica...
São os meus delírios, é a minha vida, só conhecem ela as gaivotas que migram para os pólos, o vento que entra na janela, como varias vezes entrou o amor.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

alguém para amar...

Vejo a lua, brilha lá fora, e aqui dentro o porquê de não olharmos o brilho de nossos olhos,
 Amanheceu a noite clara e estrelada, amanheceu o teu coração pulsando contra o meu,
 Havia apenas o som dos teus suspiros em meu peito, apenas uma razão para o bom dia,
 A madrugada ia o sol nascia, desbravava os teus olhos, abria a alcova de sua alma,
E eu apenas admirava cada movimento, cada momento, do maior espetáculo da face da terra,
 Mais um dia acordar com você, eu, você e nossos sonhos...

Levantei deixei teu sorriso distante, para que o mel de abelhas adoçasse teus primeiros bocejos,
Acordei disposto a fazer de um dia uma odisséia em que você seria meu universo...
A ponto que o mapa seria apenas meus desejos e seus preceitos, meu apego teu sossego;
E cada ponto a admirar os vários pontos de chegada e partida e se em algum momento eu falhar,
Começo do inicio refaço as rotas até atingir a perfeição de cada curva, cada milímetro de distancia.

E ao chegar a tarde, quero sentar a varanda, acariciar teus cabelos, deleitando as tuas mil faces,
Decorar cada sorriso, em cada parte da história, que vou contar de um livro a ler cada verso,
Enquanto eu leio cada expressão do teu rosto, cada sentimento vivido pela lembrança não vivida,
Mas sentida como pessoal, no momento em que o amor alvejado é vivido por dois, e nós dois...
Bom, nós dois temos o popurri de ópera, sentimento de bossa nova e a explosão do tango,
Nós temos a citação de Sócrates: “Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”.